Olá amigos,
Algo que percebo em nosso país, comparando aos outros,
é a falta de incentivo à leitura. No país do futebol, carnaval e televisão,
sobra pouco espaço e tempo para os livros. Uma questão cultural com certeza,
mas que pode ser mudada com a participação de pais e educadores.
Lembro da influência de meus pais em minha infância,
onde meus passatempos preferidos eram criar estórias com meus brinquedos e ler histórias
em quadrinhos. Ah sim, devorava gibis variados e os colecionava, ainda lia para
minha irmã caçula, na época ainda não alfabetizada, fazendo a voz dos
personagens e ocasionais onomatopéias como barulhos, gritos e outros sons. Aquilo
sim é que era diversão! Depois passei para os livros infantis, onde ficava deslumbrada
com seus personagens, ilustrações e aventuras. Acompanhava inebriada, estórias
de princesas, bruxas e encantamentos de todo tipo.
Na escola, tive uma
professora de português que nunca vou me esquecer, no primeiro dia de aula, ela
passou uma lista de livros de uma famosa série de autores nacionais. Determinou
que comprássemos apenas um livro, mas depois deveríamos trocá-los entre nós,
com o objetivo de ler um livro por mês e realizar um trabalho de acordo com a
nossa visão. A maioria dos alunos reclamou, mas depois de ler tantos livros,
ver trabalhos diferentes e comentar com os colegas sobre os rumos de cada
estória, todos ficaram satisfeitos com o resultado. Esse tipo de incentivo valoriza
os livros de autores nacionais, dando uma oportunidade para mostrarem seu
trabalho e quem sai ganhando é o leitor.
No mundo atual, onde crianças crescem diante da TV e
aprendem a mexer no computador antes de aprender a escrever, tenho que admitir
que sinto um certo saudosismo daquela época. E humildemente, peço licença para
citar Carlos Drummond de Andrade:
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que
pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.”Carlos Drummond de Andrade
Abraços e até a próxima
Fabiana Cardoso
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